Criar bons exemplos de produção na terra onde cresceu. Esse é o objetivo da especialista em sustentabilidade Luiza Turcatto, que está na equipe há pouco mais de 2 anos
Como muitos jovens profissionais, a engenheira agrícola e ambiental Luiza Martins Turcatto, 27 anos, sempre sonhou em dar sua contribuição para transformar o mundo. Hoje, ela acredita ser possível realizar esse desejo – começando pela terra onde cresceu, o pequeno distrito de Castelo dos Sonhos, em Altamira no Pará. Mas teve de percorrer boas distâncias para de casa para descobrir como. Formada pela Universidade Federal do Mato Grosso, em Cuiabá, ela nasceu no Tocantins, terra natal da mãe, mas cresceu no município paraense e também já morou em Goiânia (GO), onde, em outubro de 2019, passou a integrar a equipe da Produzindo Certo. Até que o destino a levou de volta ao ponto de partida
Com a pandemia e o trabalho em home office, ela regressou para Castelo dos Sonhos, onde mora com os pais, pequenos produtores de gado de corte. E é no distrito onde cresceu que Luiza encontra uma das maiores inspirações para o trabalho que desenvolve atualmente. O sonho dela é inserir produtores da região em projetos da Plataforma Produzindo Certo. Segunda ela, Castelo carece de informação para quem vive do campo e também de bons exemplos de produção que conciliem os eixos social, econômico e ambiental.
Luiza em campo
Foi a partir de um estágio no Ibama que ela descobriu a vocação para trabalhar com geoprocessamento. “Desde 2015 eu já trabalhava com ‘geo’. Depois de formada eu decidi que queria continuar trabalhando com isso por ter afinidade e gostar da área”, conta a especialista em sustentabilidade.
Na Produzindo Certo, a Luiza faz desde o processamento de dados até a elaboração de diagnósticos e planos de ação para as propriedades cadastradas. Antes de as restrições sanitárias levarem a empresa a implantar o sistema de home office, ela teve a oportunidade de acompanhar as visitas técnicas nas fazendas e gostou muito da experiência. “Para mim, é desafiador e fantástico o contato com o produtor”, diz.
“Inicialmente fui contratada para trabalhar apenas com geoprocessamento. Com o crescimento da demanda, oportunidades surgiram dentro do escritório. Assim, passando a ter mais contato com o time e conhecendo informações mais específicas para elaboração do diagnóstico, foi possível descobrir o quanto é gratificante minha área de atuação. No sentido de contribuir para um mundo melhor”, conta Luiza.
Como parte da equipe técnica, ela recebe fotos, relatórios e diversas informações sobre as propriedades. O trabalho é em conjunto. “O escritório depende do pessoal de campo e o de campo do apoio do escritório”. E quem ganha são os produtores atendidos.
O diagnóstico traça detalhadamente três perfis da fazenda: ambiental, social e produtivo. O primeiro levanta todas as informações sobre licenciamento, Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outras. O segundo avalia, por exemplo, as condições de moradia e a necessidade de treinamento dos funcionários. E o último, dados da infraestrutura, armazenamento de agroquímicos, etc.
Para ela, o futuro do seu trabalho é promissor, uma vez que a demanda do mercado tende a crescer à medida que cresce a satisfação dos produtores que são exemplos de produção responsável no Brasil. Cenário que deve atrair cada vez mais produtores a trilharem o mesmo caminho.
Nem tudo é trabalho…
Atualmente pós-graduanda em engenharia e segurança no trabalho, nas horas vagas, Luiza também se aventura na pescaria. O distrito que ela mora, no interior do Pará, faz divisa com o Mato Grosso, região propícia para acampamentos com os amigos, fogueira e violão. Só não dá para curtir o ano todo. “Para isso, precisamos estar na época da seca. Aqui são seis meses de seca e seis meses de chuva”, brinca Luiza.
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