A composição de talentos e habilidades que o especialista em Sustentabilidade vem cultivando ao longo da vida dá o tom e o ritmo de sua evolução dentro da Produzindo Certo
Engenheiro ambiental e sanitarista formado pelo Instituto Federal de Goiás (IFG), Alexandre Xavier Alves chegou à Produzindo Certo em maio do ano passado. Já para o cargo de especialista em Sustentabilidade. Ao saber da oportunidade por um professor, buscou a empresa, participou do processo seletivo, foi admitido e deu início ao novo emprego. Mais que isso, começou um processo de redescoberta profissional.
Até então, o desejo de proteger o meio ambiente ainda era envolto por certo romantismo. E não deixou de ser. Aquele sentimento apenas ganhou novas proporções. Alexandre entendeu que também é possível inserir a produção rural nessa poesia.
Essa é uma das linhas condutoras das atividades da Produzindo Certo: apoiar a evolução da base das cadeias agropecuárias, com alto rendimento, em equilíbrio com a sustentabilidade socioambiental.
Para Alexandre, foi uma satisfação descobrir que poderia haver sintonia entre proteger as árvores e ajudar agricultores e pecuaristas a terem mais benefícios em sua produção, que ambas as funções poderiam ser complementares dentro do mesmo cargo. “Agronegócio e meio ambiente não caminham em lados opostos”, diz o engenheiro.
O conceito sobre a abrangência de suas atribuições também foi ampliado pela conexão com a multidisciplinariedade da empresa, que reúne engenheiros florestais, biólogos, cientistas ambientais, profissionais de segurança do trabalho e de TI, entre outros. “Todo o contato com outras áreas me faz ter uma visão diferente da questão ambiental”, afirma Alexandre.
Chegar a tal entendimento também tem sido desafiador, ainda mais nas áreas que não estavam tão presentes em seu dia a dia. Ao menos não da forma como Alexandre tem visto desde que chegou à Produzindo Certo. Dos três pilares que são a base do diagnóstico que entregam aos fazendeiros sobre suas propriedades – ambiental, produtivo e social –, esses dois últimos exigiram um pouco mais de atenção. “Aprendi mais sobre a produção de soja e de tabaco, a parte de leis trabalhistas. É todo um novo conhecimento que fugia um pouco da minha área”, afirma.
Como se fosse música
A maneira como Alexandre descreve a equipe e a rotina da Produzindo Certo faz lembrar uma orquestra. Talvez essa seja mesmo uma boa referência para que acompanhe o tom e o ritmo do time, pois o engenheiro ambiental também é músico. Os estudos nessa área vieram aos 16 anos, juntamente com o início do ensino médio, no IFG. “Eu tocava trombone e cantava”, lembra, com os olhos brilhando de satisfação.
A rápida recordação parece ter durado todo o tempo que esteve na estrada com o coral do IFG. Alexandre comenta que participaram de festivais de música em várias cidades goianas, como Pirenópolis, Goiás Velho e Rio Verde. E de outros estados. “Fomos para Ouro Preto, São João Del Rey e Mariana, em Minas Gerais; e Florianópolis, em Santa Catarina.”
Apesar dessa paixão, ao concluir o ensino médio, em 2012, a busca de Alexandre pela faculdade seguiu uma direção diferente. Não almejava uma carreira profissional como músico. Embora também não soubesse exatamente que rumo deveria tomar.
Foi por conta dessa dúvida que chegou a cursar fisioterapia em Jataí, a cerca de 320 quilômetros de Goiânia. Um mês foi suficiente para ter certeza de que aquele também não era o caminho.
Enquanto tentava acertar a bússola da carreira profissional, a música voltou a bater em sua porta. Um professor convidou Alexandre para dar aula a crianças em uma escola estadual e por período integral.
“Sempre gostei de crianças. Fiquei lá por um ano, dando aula de músicas o dia inteiro”, comenta. A procura vocacional continuou, e a afinidade com exatas o fez olhar para as opções de engenharia, até chegar à ambiental.
Mudança de tom
Quando prestou o Enem, somou pontos suficientes para entrar na Universidade de São Paulo, mas, naquele momento, a lembrança da experiência em Jataí o fez descartar a possibilidade de morar na capital paulista. Preferiu continuar em Goiânia, cidade na qual nasceu e cresceu. Até que em 2015 ingressou na engenharia ambiental no IFG, onde já havia estudado e se sentia confortável.
Os dois primeiros anos foram dedicados exclusivamente à faculdade – as matérias de cálculos deixavam a jornada mais puxada –, mas em seguida Alexandre começou a dividir o tempo do estudo com o trabalho, uma função administrativa em uma escola municipal, por meio período, como também era seu curso.
Já mais perto de concluir a graduação, vieram os estágios na área ambiental: o primeiro em 2018, em um laboratório de água; no ano seguinte, no laboratório da Universidade Federal de Goiás (UFG).
No final do curso, em 2019, apareceram a cartografia e o geoprocessamento, novidades que trariam mudanças interessantes na trajetória profissional. “Gostei demais desses temas, tanto que comecei a estudar mais a respeito, como fazer mapas, usar imagem de satélites”, conta Alexandre. Veio o investimento em outra habilidade. “Naquele período, comecei a fazer um curso de pilotagem de drones.” Logo estava prestando serviços, desenvolvendo mapas para algumas empresas.
O último estágio foi no Ministério Público em Goiânia. Segundo Alexandre, o concurso, que prestou no início de 2019, era muito concorrido. E com a interrupção causada pela pandemia da Covid-19, tornou-se ainda mais. O processo foi interrompido, até que, em outubro de 2020, foi liberada a contratação para apenas uma das cinco vagas disponíveis.
“Fui chamado porque passei em primeiro lugar no concurso. E o conhecimento de mapas ajudou bastante”, diz o engenheiro, com ar vitorioso. Com o final do curso e do estágio, Alexandre ainda trabalhou por poucos meses em uma consultoria ambiental antes de chegar à Produzindo Certo.
Força que vem da origem
No próximo dia 13 de setembro, Alexandre vai completar 31 anos de idade. É músico, professor, engenheiro ambiental e sanitarista e especialista em sustentabilidade. Porém, antes de qualquer coisa, é o filho mais velho de Alice Alves. E essa é a definição que explica a conquista de todas as demais.
Alice, mãe de Alexandre, nasceu em Ponte Alta do Tocantins (TO), em uma família de 14 filhos. Com apenas 9 anos entrou em um ônibus rumo a Goiânia para trabalhar. Uma de suas irmãs já estava na cidade. “Minha mãe teve sorte de trabalhar na casa de uma escritora que exigiu que ela estudasse”, comenta o filho solidário. “Foi a única dos irmãos a ter formação superior.”
Alice é pedagoga e professora do ensino infantil. Aos 50 anos, tem a satisfação de ver os três filhos formados em engenharia – Lucas é engenheiro civil e Poliana, engenheira da computação. E, como conta Alexandre, foi algo que conquistou praticamente sozinha. “Eu nasci quando minha mãe tinha 19 anos. Quando eu tinha 12 anos, meus pais se separaram.” Alice conseguiu comprar uma casa em Aparecida de Goiás, onde foi morar com os três filhos.
Jogando em muitos campos
Mesmo já há bastante tempo sem botar a boca no trombone, Alexandre mantém a música presente em sua vida. “De vez em quando ainda pego meu violão e meu teclado”, conta. “Pretendo voltar a tocar, mais como hobby, aprender outros instrumentos.” Quando se trata da playlist, os artistas mais ouvidos vêm do universo do Rock’n’Roll, como Linkin Park e Oasis.
A bagagem musical também inspira pretensões turísticas. Pela formação erudita, Alexandre conta que adoraria conhecer a Europa e todo aquele cenário de palácios e catedrais, como a de Notre Dame, em Paris, ainda em recuperação após os danos causados por um incêndio em 2019. Mas a reabertura ao público está prevista para 2024. Fica a dica. Enquanto isso, vale aproveitar opções mais próximas. “Dentro do Brasil, gostaria muito de conhecer o cenário cultural da cidade de São Paulo.”
Alexandre também é fã de esportes. Gosta muito de futebol e de bicicleta, e comemora quando é possível pedalar com os colegas de trabalho. E tem o vôlei, que entra em outra categoria. “Sou apaixonado por vôlei. Largo tudo para ir jogar”, afirma.
Mais recentemente, como bom admirador das ciências exatas, passou a curtir o xadrez. Tem praticado e até estudado. Mas deixa claro que não se compara ao Diego Pedr’Angelo, coordenador comercial da Produzindo Certo, que há cinco anos pratica on-line todos os dias. Estrategicamente, Diego se diz apenas um “entusiasta”. A empresa leva mesmo a sério a tal da multidisciplinariedade.
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