Notícias Responsáveis - Edição 02 - Produzindo Certo
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Notícias Responsáveis – Edição 02

O AGRO É VERDE!

A relação com a cor é óbvia quando se pensa em campo, em lavoura e em pastagem. Verde, porém, hoje é adjetivo e qualifica tudo que está associado a um mundo mais sustentável, respeita o meio ambiente e contribui para a preservação de recursos naturais.

O agronegócio brasileiro pode – e deve – desfraldar uma bandeira verde. Produtores, em vários pontos do país, são cada vez mais identificados com compromissos socioambientais e a adoção das melhores práticas agrícolas. E, aos poucos, o seu trabalho vem ajudando a reverter a falsa imagem que vilaniza o setor.

Fazendas Verdes. Com essa chamada na capa de sua edição que circula neste fim de semana, a revista Veja, uma das mais importantes do Brasil, traz ao grande público urbano relatos de agricultores e pecuaristas engajados na produção responsável e comprometidos com o meio ambiente. Eles são a face do agronegócio brasileiro moderno. Eles nos representam.

Agro verde é capa da Revista Veja do mês de fevereiro de 2021
Agro verde é capa da Revista Veja do mês de fevereiro de 2021

A certeza do bom trabalho realizado está ao descobrir os exemplos citados pela revista: três deles, Pelerson Penido, do Grupo Roncador, Dulce e Romeu Ciochetta, do Grupo Morena, e Henrique Fiorese, da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, integram a Plataforma Produzindo Certo, que é destacada na edição. Aline Locks, CEO da empresa, também é uma das entrevistadas.

“Para nós, não é uma questão de abnegação. Os números
comprovam que a sustentabilidade traz resultados.”

Pelerson Penido, do Grupo Roncador, à Veja

Boas histórias ajudam a contar essa relação e a expandir o conhecimento sobre as práticas agrícolas para além das porteiras, até aos ambientes urbanos. Exemplo disso foi a descoberta de uma nova espécie de abelha selvagem em uma propriedade rural em Goiás. A notícia, que demonstra como a convivência entre produção e preservação pode ser harmônica e benéfica para ambos os lados, espalhou-se rapidamente em veículos de informação voltados para diferentes públicos. Está na capa da Veja, mas também na Exame, especializada em economia e negócios, e em sites de interesse geral como o G1, entre centenas de outros.

Para a Produzindo Certo, ouvir o anúncio foi como comemorar um gol. A propriedade em questão, a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, da família Fiorese, faz parte da Plataforma Produzindo Certo, parceira do programa Forward Farming, da Bayer. Com muito orgulho, contamos essa história inspiradora também no nosso blog. Clique aqui e conheça.

“Queremos mostrar em nossa propriedade que é possível desenvolver uma agricultura de larga escala vivendo em harmonia com o meio ambiente”

Henrique Fiorese, produtor rural

O desaparecimento das abelhas tem consequências graves para o equilíbrio ecológico e para a produção de alimentos. Veja seu impacto na agricultura:

O COMÉRCIO INTERNACIONAL SERÁ VERDE?

Em um dos casos, foi mais bravata. Em outros, movimentos estruturados que merecem atenção do Brasil – seja do governo, seja de quem exporta commodities agrícolas. Semanas atrás, o presidente da França, Emmanuel Macron, usou a questão dos desmatamentos na Amazônia em um discurso para agradar produtores agrícolas e ambientalistas franceses. Disse que “continuar a depender da soja brasileira seria ser conivente com o desmatamento da Amazônia”, numa falsa correlação entre a produção do grão e questões ambientais na região. Foi rapidamente desmentido. “Não exportamos desmatamento”, reagiu, em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Quando se fala de China e Estados Unidos, as duas maiores potências mundiais e players pesados no mercado mundial de commodities, ao lado do Brasil, indicaram de forma clara que a agenda ambiental estará cada vez mais posta à mesa nas suas negociações com parceiros internacionais. O governo chinês, por exemplo, já informou que incluirá o tema em seu próximo plano quinquenal, que indicará, em março próximo, suas projeções de desenvolvimento para o período entre 2021 e 2025.

“É razoável supor, a partir disso, que empresas e bancos chineses que atuam no mercado internacional passem a adotar critérios de sustentabilidade em projetos e nas relações com fornecedores e parceiros”, apontam, em artigo no jornal Valor (para assinantes), Larissa Wachholz, assessora especial para assuntos de Clima no Mapa, e Lígia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Na última quarta-feira, 27 de janeiro, foi a vez do novo presidente americano, Joe Biden, apresentar os pilares de seu ambicioso plano ambiental, que tem foco no combate às mudanças climáticas e uma preocupação específica com a Amazônia. Ainda não foram divulgados detalhes e a forma como podem afetar as relações com o Brasil – e mais diretamente o agronegócio –, mas é certo que haverá pressão de setores ligados aos produtores americanos para que esse tema seja levado à frente.   Nossa agrodiplomacia precisa erguer a bandeira verde e estar atenta.

O assunto foi um dos destaques nos debates do Fórum Econômico Mundial de Davos (este ano em versão digital), que começou esta semana. Sem a presença do presidente da República, coube ao vice, Hamilton Mourão, defender as posições brasileiras.

O DINHEIRO É CADA VEZ MAIS VERDE

Na edição da semana passada, falamos do avanço das Finanças Verdes e seu impacto no financiamento de empresas e produtores rurais. A onda continua em alta e, nesta semana, foi registrada pela agência Bloomberg, tendo como gancho a emissão de green bonds feita pelo grupo AMaggi. A empresa foi ao mercado em busca de US$ 500 milhões. Voltou com US$ 750 milhões.

“No fim das contas, os investidores ESG desempenharam um papel importante no sentido de nos permitir o aumento do tamanho da transação”, disse Dante Pozzi, diretor financeiro da Amaggi à Bloomberg.

ESG? Sim, três letrinhas mágicas que têm feito muita diferença nas estratégias e nos bolsos. Já falamos disso no nosso blog. Relembre clicando aqui.

A CRIPTOMOEDA QUER SER VERDE

O movimento desperta interesses em outra frente do mundo financeiro, o das moedas virtuais. Também lá a semana termina com uma novidade no mínimo curiosa: o lançamento de um mercado para uma espécie de bitcoin dos créditos de carbono. A agricultura do futuro terá a sua própria moeda do futuro?

O CONSUMO É VERDE

Notícia do Brasil, publicada primeiro lá fora. A Arcos Dorados, que comanda a rede McDonald’s na América Latina, e que é membro do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), está substituindo as tradicionais bandejas plásticas por outras desenvolvidas a partir dos resíduos de suas próprias lojas. O projeto piloto começou em São Paulo, em parceria com a startup israelense UBQ. Vale a leitura (em inglês).