A engenheira florestal Juliane Cruz Barros nasceu em Tocantinópolis, município do Tocantins, no Norte do país, que faz divisa com os estados do Pará e do Maranhão. Pela proximidade geográfica ela se sente parte de cada um desses lugares. “Vejo que tenho traços físicos até mais paraenses do que tocantinenses”, brinca.
Pela proximidade geográfica ela se sente parte de cada um desses lugares, inclusive vejo que tenho traços físicos até mais paraense do que tocantinense”, brinca.
Mas não para por aí. Com avós no Amapá ela também se sente um pouco de lá. E agora também sente que é um pouco goianiense, já que foi a capital do Goiás que ela escolheu para viver nos últimos dez anos. “A minha infância foi incrível, mas assim que entrei na adolescência, eu queria descobrir o mundo”, lembra Juliane.
E foi com esse objetivo que, aos 16 anos, ela deixou a terra natal e foi estudar, trabalhar e realizar seus maiores sonhos. “Quando eu estava na minha cidade, parecia que tudo era longe e que tudo era impossível. Quando a minha mãe falou para eu ir para Goiânia, eu pensei ‘é agora, vou dar meu nome’”, conta ela com sorriso no rosto.
Determinada, mudou-se ainda no terceiro ano do ensino médio. A meta era primeiro fazer cursinho para se preparar para a graduação. O curso que ia fazer? Não tinha escolhido ainda. Só sabia que tinha que ser de engenharia – afinal gosta de matemática como mãe, que é professora.
Sem saber o que escolher, ouviu mais uma vez o conselho da mãe e optou por engenharia florestal na Universidade Federal de Goiás. Como não tinha o menor conhecimento sobre a área, adotou uma estratégia para conhecer o mercado de trabalho. Passou a acompanhar nas redes sociais os perfis das empresas em que os veteranos do curso trabalhavam.
Foi assim que conheceu a Produzindo Certo. E, de cara, gostou do que viu. “Eu sempre me identifiquei muito com as postagens, com a linha de pensamento, então eu meio que ‘tietava’ a empresa”.
Logo após se formar, tentou ingressar na Produzindo Certo, mas não conseguiu. Então, foi trabalhar com licença de supressão vegetal. Em pouco tempo viu que não queria atuar apenas na área de desmatamento legal, tinha planos mais ambiciosos.
Por isso, continuou acompanhando a Produzindo Certo e um dia, depois de interagir pelas redes sociais da empresa, decidiu enviar um e-mail. “Para minha surpresa eu tive uma resposta. E eu mandei na sorte, nem sabia se tinha alguma oportunidade aberta”.
Em julho de 2022, entrou para o time de prestadores de serviço responsáveis pelas análises de sustentabilidade. Pouco tempo depois, em outubro de 2023, iniciou treinamento para prestar serviço na empresa como supervisora de processamento de dados, serviço que presta desde o início desse ano.
E foi neste novo desafio que Juliane passou a se dedicar a área de certificação, o que sempre quis desde a faculdade. “É nesta área que eu pretendo trilhar o meu caminho profissional”, reforça ela que atualmente faz MBA à distância em Gestão Ambiental, na Universidade Federal do Paraná.
“O céu é o limite”
O motivo de gostar tanto de certificação é nobre. Ela enxerga a certificação com uma forma de aplicar o desenvolvimento sustentável. Pois, na opinião dela, é o que une a produção com a preservação e a conservação.
“Eu nunca fui muito ambientalista e também nunca defendi a produção a qualquer custo. Desde a faculdade eu sempre pensei ‘vamos explorar, mas de uma maneira que seja sustentável e responsável’”.
Para além disso, também é algo que lhe traz satisfação profissional. “Eu consigo ver um resultado. A certificação a gente faz, é auditada e o produtor recebe um crédito, um certificado. Então eu vejo resultado no meu trabalho e isso me traz muita gratificação”.
“Não é algo que o governo te obrigada a fazer. É algo que a empresa está fazendo a mais, que o produtor está fazendo a mais”, complementa.
Mas nem só de trabalho e estudos vive Juliane. O esporte é outra paixão que cultiva. “Quando eu não estou trabalhando, eu tento curtir a vida”.
Um dos seus hobbies atualmente é jogar vôlei de praia. Outro é torcer pelo Brasil. Em qual esporte? Vários. “Quando eu não estou praticando algum esporte, eu estou torcendo pelo Brasil em algum esporte”.
E isso inclui até viagens para acompanhar competições em outros estados, algo que era bem mais difícil quando morava em Tocantinópolis.
Na Produzindo Certo, ela descobriu sua verdadeira vocação. “Antes eu trabalhava em campo. E eu achava que eu tinha o perfil de campo. Mas na Produzindo Certo eu fui para o escritório e me descobri”.
Na carreira são muitos os planos para seguir evoluindo. “Eu pretendo crescer sempre, o máximo que puder”.
A curiosidade, o espírito sonhador e a vontade de explorar o mundo a levaram para longe de casa, mas ela carrega consigo as lições, os valores e as raízes culturais dos lugares onde plantou suas sementes.
Para ela, a vida é para ser vivida plenamente, aproveitando cada momento e buscando sempre novas aventuras. “No meu futuro profissional, o céu é o limite”.