A estação das secas está chegando e, com ela, a temporada de fogo nas matas. Por isso, é importante reforçar a vigilância para proteger as pessoas e o meio ambiente e prevenir prejuízos na lavoura
O tempo é um aliado valioso em se tratando de combate a incêndios florestais. As cenas tristes vistas no ano passado no Pantanal e em regiões como o Alto Xingu (MT) resultaram em perdas para a biodiversidade local e prejuízos para produtores rurais. Com a chegada da estação das secas, a perspectiva é de que elas se repitam – em alguns casos até com mais intensidade, uma vez que houve poucas chuvas durante o verão e a estiagem já vem castigando algumas regiões críticas. Esses fatos reforçam a importância da prevenção, que deve ocorrer ao longo de todo o ano, em uma vigilância que também é essencial para manter a vitalidade e a produtividade do agro.
Formada há 10 anos, a Brigada Aliança hoje é uma referência em prevenção e combate de incêndios florestais, treinada e equipada com o auxílio Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) SmokeJumpers.
A cada ano, os brigadistas dedicam muitas horas por ano fazendo treinamentos em assentamentos, propriedades rurais e terras indígenas. Em dezembro passado, a Brigada lançou uma série de vídeos para reforçar alguns cuidados, abrindo espaço para que as orientações cheguem a mais gente e de forma mais rápida. O êxito da atuação de suas equipes motivou um novo projeto, de criação de agrobrigadas para ampliar a atuação e estar mais próximo do produtor rural.
Muita coisa pode ser feita para reduzir o risco de incêndios. A seguir, confira cinco dicas de prevenção para o produtor rural prevenir a incidência de focos de fogo, garantir a segurança de trabalhadores e comunidades, e evitar danos ambientais e prejuízos à produção. E tudo isso pode ser feito antes do período de seca e sempre com a assistência de profissionais treinados.
- Cada estratégia deve considerar relevo, tipo de vegetação e vento. Identificar a direção mais comum do vento, por exemplo, é um dos requisitos para o planejamento de ações em caso de focos de incêndio.
- A prevenção também passa pela análise do histórico do fogo na região, na sua fazenda e nos vizinhos para elencar os fatores de risco. Também fique atento a divisas e estradas onde ocorre trânsito de pessoas. Na pecuária, por exemplo, se há uma área identificada como de risco, é possível deslocar o gado para lá com o objetivo de reduzir o capim, que pode servir como combustível em caso de um foco de fogo.
- Os aceiros servem para isolar uma área evitando a propagação de incêndios. Eles devem ser planejados considerando as características do terreno e a altura da vegetação. É preciso, ainda, avaliar a largura e a posição ideal e fazer a manutenção frequente desses locais.
- Mantenha equipamentos de combate às chamas revisados e de prontidão para operar (entre eles, máquinas agrícolas com grades e equipamentos manuais como enxadas, pás e bombas costais, além de algum tipo de reservatório com água).
- A queima de áreas para limpar pastagem ou remover vegetação é permitida por lei, mas sua prática demanda planejamento e precisa de licença do órgão regulador. Evite realizar a queima controlada em grandes áreas de uma só vez e fique atento à força e direção do vento.
Saiba mais: veja a websérie da Brigada Aliança sobre prevenção a incêndios.
Fique ligado: no próximo dia 01 de junho, a Produzindo Certo e a Brigada Aliança promovem a live VOZES RESPONSÁVEIS ESPECIAL: O AGRO E O FOGO. Vamos discutir estratégias e mostrar exemplos de como a atuação de proprietários rurais podem contribuir para reduzir os riscos e os impactos das queimadas nas matas. Mais informações, em breve, aqui em nosso blog.