Em 2024, a editoria Finanças Verdes, do Portal Produzindo Certo, mergulhou em temas fundamentais para o avanço do crédito verde e da segurança financeira no agronegócio, com reportagens que abordaram desde inovações no financiamento rural até a valorização das práticas socioambientais no campo.
A cada publicação, a editoria explorou temas que colocaram em pauta a importância da sustentabilidade financeira do setor, ressaltando a necessidade de políticas públicas robustas e de apoio ao produtor.
Entre os principais temas abordados ao longo do ano, estão as garantias para o produtor e o credor, as mudanças no seguro rural, a relevância do Plano Safra, os marcos do crédito socioambiental e as ferramentas financeiras que vêm transformando o cenário agrícola no Brasil.
Proteção para credores e devedores: Na reportagem sobre o aumento dos processos de recuperação jurídica no campo, foram exploradas as proteções legais para produtores e empresas em dificuldades financeiras, abordando os direitos de credores e devedores. A matéria destacou como a legislação visa oferecer um ambiente de negócios mais seguro, incentivando o investimento no setor agrícola, essencial para a sustentabilidade das operações e o crescimento econômico.
30 anos da Cédula de Produto Rural (CPR): Outro destaque foi o artigo que celebrou os 30 anos da CPR, um instrumento que revolucionou o financiamento agrícola, agora ampliando seu papel para incluir práticas socioambientais. A matéria pontuou como a CPR vem se adaptando às novas demandas de sustentabilidade, garantindo recursos para quem aposta em práticas verdes, refletindo um futuro mais alinhado aos objetivos ESG (ambientais, sociais e de governança).
Incertezas do novo Plano Safra: O Novo Plano Safra trouxe à tona desafios e expectativas, e a editoria Finanças Verdes dedicou-se a analisar profundamente os recursos anunciados para a temporada 2024/2025. Em entrevista, o CFO da Produzindo Certo, Thiago Brasil, destacou que a manutenção das taxas de juros foi um fator frustrante para muitos agricultores, que esperavam uma redução nos custos de captação. Ele também avaliou o montante destinado ao seguro rural e os incentivos ao agro sustentável.
Seguro rural x Sustentabilidade: Em um cenário cada vez mais sujeito a riscos climáticos, o seguro rural foi tema de uma matéria que evidenciou a necessidade de desburocratizar e ampliar o acesso a esse instrumento financeiro. A reportagem apontou como uma abordagem promissora a introdução de premiações para produtores que adotam práticas agrícolas sustentáveis. Estudos apontam que fazendas que seguem práticas sustentáveis têm maior resiliência a eventos climáticos adversos e, portanto, menor probabilidade de acionar seguros.
Crédito rural mais verde: Em outro destaque, mostramos que, aos poucos, os critérios socioambientais têm conquistado espaço nas operações financeiras. Hoje, produtores que investem em preservação ambiental e responsabilidade social já encontram um diferencial competitivo na busca por financiamentos, pois novas ferramentas têm sido desenvolvidas para agregar sustentabilidade às operações. Um exemplo é o chamado Bureau Verde do crédito rural, do Banco Central, sistema que, só no primeiro semestre de 2024, evitou a liberação de R$ 726 milhões em crédito rural devido a irregularidades ambientais ou sociais.
Os temas abordados ao longo do ano — desde a proteção jurídica no campo até a valorização do crédito verde e a desburocratização do seguro rural — mostraram que o caminho para um agro responsável passa pelo incentivo a práticas que equilibrem crescimento econômico e responsabilidade socioambiental.
Para 2025, as perspectivas indicam uma continuidade desse movimento, com uma agenda focada em expandir o acesso a recursos financeiros para produtores comprometidos com a sustentabilidade e em consolidar políticas públicas que deem suporte a essa transição.