Conheça alguns termos fundamentais para a compreensão dessa nova oportunidade para gerar renda adicional nas propriedades rurais
Dono da maior floresta tropical do mundo e rico em inúmeros recursos, como água, solo e fontes renováveis de energia, o Brasil está no centro das discussões quando o assunto é a sustentabilidade do planeta. O País tem tudo para estar na vanguarda das oportunidades que as metas climáticas trouxeram, como o mercado de crédito de carbono.
Mas para isso, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Está prestes a ser votado no Plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 528/21, que institui o MBRE (Mercado Brasileiro de Redução de Emissões) e propõe a regulamentação desse mercado.
A proposta do Deputado Marcelo Ramos (PL-AM), estabelece um sistema que vai reunir as informações sobre os créditos de carbono negociados no Brasil, além de criar parâmetros para a precificação, entre outras definições importantes.
A ideia é que o crédito de carbono seja um certificado que comprova a redução das emissões de GEEs (Gases de Efeito Estufa). Projetos de reflorestamento poderão ser contemplados, assim como as práticas de agricultura de baixo carbono.
Uma parceria entre a Produzindo Certo e a Radicle do Brasil vai aproximar os produtores que fazem parte da nossa plataforma dessa nova realidade. As duas empresas vão identificar propriedades rurais com potencial para a geração de créditos e estruturar projetos que levem à sua negociação no mercado voluntário internacional (clique aqui para saber mais).
É um universo novo para a maioria e bastante promissor. Por isso, para você ficar por dentro desse mercado e poder aproveitar as oportunidades que ele oferece, separamos alguns termos fundamentais para quem quer se familiarizar com o tema.
Mercado de carbono: Foi criado para beneficiar economicamente aqueles que removem carbono da atmosfera e evitam a emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa). Além disso, permite a compensação daqueles que emitem CO2 por meio da compra de créditos de carbono. O mercado de carbono é dividido em dois, o regulado e o voluntário.
Mercado regulado: Em que governos, nacionais, estaduais ou regionais, determinam esquemas fechados em setores específicos. É o mercado que responde pela principal fatia dos créditos de carbono negociados no mundo e no qual o Brasil ainda não participa por falta de regulamentação.
Mercado voluntário: Embora com potencial para crescer, ainda é um mercado bem menor que o regulado. Basicamente atende empresas e indivíduos que buscam compensar e/ou neutralizar as emissões de carbono. No caso das empresas, é uma alternativa para satisfazer os consumidores mais exigentes e ter uma reputação alinhada com as questões ambientais. É possível comprar créditos em qualquer lugar do mundo. A relação é bilateral e não está sujeita a uma regulamentação.
Crédito de carbono: Unidade que corresponde a uma tonelada de CO2 que não foi emitida com o desmatamento evitado ou que foi removida por meio de projetos de restauração florestal e agropecuária regenerativa.
Offset: Termo usado para falar sobre os mecanismos de compensação de CO2. Uma empresa faz a compensação ou offset de suas emissões quando investe em projetos externos às suas operações que promovem a redução de uma quantidade igual de emissões.
Inseting: Quando as empresas compensam as emissões de CO2 dentro da sua própria cadeia de valor.
Net Zero: Significa não adicionar gases de efeito estufa na atmosfera e alcançar o equilíbrio entre o que é emitido e o que é compensado.
Adicionalidade: É quando um projeto de carbono consegue comprovar que vai promover uma mudança de prática que reduz ou evita emissões de GEE.
Fonte: Radicle