No Dia do Engenheiro Agrônomo, mostramos como diversos ramos da engenharia contribuem para a produção agropecuária – e como a presença feminina tem crescido nessas áreas
A data está marcada como especial no calendário agro: 12 de outubro é o Dia do Engenheiro Agrônomo, profissional fundamental para o planejamento e execução dos processos agrícolas. É ele o principal apoio técnico do produtor rural na orientação de cada passo, do plantio à colheita.
Mas além do agrônomo, há muitos outros engenheiros no campo. Complexa e diversificada, a atividade agropecuária se relaciona com diferentes áreas de conhecimento e, assim, abre as porteiras para que engenheiros químicos, ambientais, entre outros, também atuem de forma relevante na produção.
E para as engenheiras também, é claro. Tradicionalmente vistas como masculinas, as profissões nas áreas de exatas têm atraído cada vez mais mulheres. Há anos elas lutam para derrubar tabus, diminuir as diferenças salariais – ainda comuns – e combater o preconceito e o assédio no ambiente de trabalho.
Felizmente esse cenário vem passando por mudanças importantes e a participação feminina vem conquistando destaque em áreas que sempre foram dominadas pelos homens, como os diversos ramos da engenharia.
De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), o percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil corresponde a 19,3% (199.786 engenheiras) do total de pouco mais de 1 milhão, no país. Ou seja, são minoria. Mas, ainda segundo o conselho, a diferença numérica para os homens vem caindo e a tendência é a presença delas na profissão disparar. Para se ter uma ideia, entre 2016 e 2018, o número de registros anuais de mulheres engenheiras cresceu 42%.
Outros números importantes são os do Censo da Educação Superior do Ministério da Educação, de 2018, mostrando que em algumas áreas da engenharia elas já são maioria em sala de aula, como nas engenharias de Alimentos, Bioprocessos e Tecnologia, Têxtil, Química e Recursos Hídricos e de Meio Ambiente.
Embora a participação das mulheres na engenharia cresça dia a dia, ainda são muitos os desafios. Na engenharia agronômica, por exemplo, elas representam menos de 20% dos profissionais registrados no país.
Quer saber mais sobre as várias especialidades da engenharia importantes para o desenvolvimento do agronegócio? Nesta edição do Dicionagro listamos algumas para você conhecer e, quem sabe, se inspirar.
Engenharia Agronômica –Responsável pelo planejamento, organização e manutenção dos processos agrícolas. É o profissional que desenvolve técnicas de melhoramento do plantio, combate a pragas, colheita, armazenamento e comercialização dos produtos de origem vegetal e animal.Com conhecimento sobre biotecnologia, participa da aplicação de pesquisas para o aumento da produtividade de forma sustentável. O contato do engenheiro agrônomo com o campo é constante para administrar os aspectos ambientais, climáticos, geográficos, sociais e técnicos da produção.
Engenharia Agrícola – Diferentemente do engenheiro agrônomo, o engenheiro agrícola tem suas atividades voltadas para a reazaliação de projetos, a implantação e administração de técnicas e equipamentos necessários à produção agrícola. Cabe a ele, por exemplo, planeja métodos de armazenagem e construir silos, armazéns e estufas.
Engenharia Química – Atua com a extração de matérias-primas e com a transformação físico-química de materiais para a criação dos mais diversos produtos. É o profissional que projeta, constrói e comanda plantas e processos industriais dentro das indústrias de petróleo, biotecnológica, farmacêutica e alimentícia. Pode trabalhar em várias áreas, como no sistema de tratamento de gases e líquidos em uma fábrica de fertilizantes e na análise de solos, por exemplo.
Engenharia Ambiental – Desenvolve técnicas que promovam a preservação do meio ambiente e resolvam problemas causados pela ação do homem. É a área da engenharia dedicada ao atendimento das preocupações ambientais. Entre as áreas de atuação, planeja, coordena e administra instituições de tratamento de esgoto, saneamento básico, redes de distribuição de água, coleta e descarte de lixo. Além disso, é o profissional que identifica o impacto ambiental provocado por um empreendimento. O engenheiro ambiental também deve pautar as questões sociais e o desenvolvimento econômico, vinculando-o ao progresso e ao bem-estar coletivo.
Engenharia Florestal – É responsável por garantir a exploração adequada e sustentável das florestas. Atua para garantir a preservação dos ecossistemas, a partir de pesquisas e estudos que visam o aprimoramento genético das vegetações. Gerencia e supervisiona espaço de preservação e proteção ambiental, como projetos de reflorestamento.
Engenharia de Alimentos – A formação é voltada para profissionais que lidam com a industrialização de alimentos e estão presentes em todas as etapas, desde a escolha da matéria-prima até a comercialização. O engenheiro de alimentos tem qualificação para desenvolver produtos alimentícios inovadores e seguros. As atividades desta área incluem estudar métodos de conservação, transporte, armazenamento e fabricação de alimentos industrializados.
A Produzindo Certo possui 17 engenheiros, de diferentes especialidades – agrônomos, agrícolas, ambientais, florestais, sanitários e até mesmo de software — em sua equipe. A presença feminina é maioria – 11 são mulheres. “Através deles, parabenizamos e agradecemos a todos os engenheiros que constroem o agro brasileiro” diz a engenheira ambiental Aline Locks, CEO da Produzindo Certo.
No mês de outubro, as mulheres serão protagonistas da comunicação da Produzindo Certo. Seja no nosso blog, seja no evento Vozes Responsáveis, todos os conteúdos serão voltados a retratar a importância e os desafios da presença feminina no agronegócio. Acompanhe e compartilhe.